Todo mundo que assistiu ao filme 300, ou aos que leram a HQ tem uma boa ideia do que era a Agogê: o processo que transformava os meninos espartanos nos guerreiros mais temidos da Europa na antiguidade. O nome e as façanhas dos espartanos ecoaram por todo o mundo antigo.
O processo de criação do soldado espartano começava já no nascimento, quando membros da Gerúsia, membros do conselho dos anciões, examinavam a criança em busca de imperfeições, caso fosse encontrada alguma, esse bebê era abandonado na apothetae e deixado pra morrer. Caso a criança fosse aprovada, ao atingir os 7 anos ela era entregue ao paidónomos, o magistrado responsável pela educação dos jovens soldados.
A agogê era dividida em três etapas à grosso modo: paidedes (que eram as crianças entre 7 e 17 anos), paidískoi (entre 17 e 19 anos) e a última fase hēbōntes (dos 19 até os 21 anos). Algumas fontes indicam mais subdivisões, mas para simplificar usa-se essas três. As crianças espartanas eram criadas para se tornarem soldados, daí todo o seu poderio militar.
Enquanto estavam na agogê as crianças participavam de "duas divisões", vamos colocar assim pra simplificar. Uma era a buai, e era feita com jovens de idades semelhantes, já a outra chamada de ilae e era composta com jovens de idades diversas, desde os mais jovens até os mais velhos. Eles eram treinados não só militarmente, mas eram criados para se virem como parentes, no entanto que chamavam os mais velhos de"pai", Agogê em grego clássico significa "dependência". Podemos entender melhor isso vendo as falanges espartanas, aonde ao aglomerados o escudo de um protegia o outro. Eram treinados para um ser todos e todos serem um. Essa é uma boa parte do segredo espartano.
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